Quando os filhos crescem |
Por Dra. Vivian Schindler Behar Não é fácil ser um bom apoio para o crescimento e amadurecimento dos filhos. Não sabemos nunca, antes, se eles já estão preparados para seus vôos, e sentimo-nos responsáveis pelo sucesso deles; ou, no mínimo, não queremos que eles se machuquem. E mais! O sucesso deles é nosso sucesso, assim como sentimos como nossos os fracassos deles. Mas o sucesso deles significa, muitas vezes, perda de função para nós. Eles já não precisam da gente. Como lidar ainda, com o fato de não podermos interferir, decidir, controlar? Os sentimentos são tão ambíguos como nossos comportamentos. Desde o dia em que as crianças começam a andar sozinhas e no início caem, não querem ajuda, choram, pedem colo e voltam a pedir para andar, ficamos divididas entre confiar na capacidade deles de caminharem e levar o carrinho por mais um tempo; com as mais variadas desculpas como é mais rápido, mais fácil e outras. A ambigüidade de nossos sentimentos: confiança neles e medo do fracasso deles, facilita as brigas entre pais e filhos. Ao mesmo tempo em que nos orgulhamos de suas tentativas de solucionar seus problemas sozinhos, ficamos tristes e até com raiva de não sermos mais tão necessários e solicitados. Já cumprimos, provavelmente, a tarefa de ensinar. Às vezes ainda podemos orientar quando solicitados. Mas é hora deles porem em prática o que aprenderam. Qualquer que seja a tarefa da época. Que bom! Ao mesmo tempo temos a sensação de inutilidade e solidão. Precisamos nos reestruturar, nos reinventar nesse novo contexto. Não é fácil ser mãe de filho mais amadurecido, quando nos é dado o direito de ver de perto os movimentos dele, sem poder intervir, a não ser quando solicitado. O diálogo nesse momento parece ser crucial. E lidar com nossa ambigüidade é uma grande questão. Os filhos dão conta de ouvir e compreender nossos sentimentos e nossas dúvidas. Ficam confortáveis de saber que também temos conflitos. Eles têm as mesmas dúvidas. Não sabem, assim como nós, qual é o tamanho deles. Às vezes eles são muito jovens para fazer ou decidir algo, às vezes os filhos já são grandes demais para outro comportamento qualquer. A cada momento da vida em conjunto precisamos rever tanto a capacidade deles como nossa necessidade de ser importante na vida deles. Quanto mais velhos forem os filhos, mais delicada se torna essa tarefa. E mais fica necessário nos tornarmos independentes de nossos filhos, termos uma vida própria, da qual eles não façam parte, obrigatoriamente. |
Filho, te amo, muito, muito, muito....
Prá mim, será sempre meu menino...
Prá mim, será sempre meu menino...
Nossa...me deu medo e isso que o meu tem apenas 7 anos....
ResponderExcluire o meu... já vai fazer 18...
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